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PREFÁCIO

Eu sempre fui apaixonada por animes e mangás. Creio que meu primeiro contato com essa “cultura” foi por volta dos cinco anos de idade, com o anime Cavaleiros do Zodíaco. Eu adorava os grandes olhos e o cabelo roxo as Saori.

Depois, quando completei uns treze anos, conheci Love Hina. As trapalhadas do Keitarô e sua persistência me pegaram em cheio. De lá pra cá, acompanhei diversas séries em anime e mangá, sempre esperando o próximo, contanto os dias para que a tradução fosse postada em um blog ou um mangá chegasse à banca.

Contudo, recentemente, meu irmão mais velho, me vendo ler um mangá concentrada, disse com todas as letras: pare de ler isso e cresça. Fiquei intrigada por um tempo o que ele quis dizer com isso. Pensei em como ele estava me vendo ao dizer aquelas palavras; pensei em como todas as outras pessoas vêem nós, otakus assumidos de coração e carteirinha, ao nos ver comentando e discutindo sobre mangá. Creio que todos eles nos vêem como um bando de alienados e nerds, que não saem da adolescência, embora tenhamos vinte e poucos anos (os otakus da minha geração estão nesta faixa etária).

Em algumas conversas com amigos e familiares que não lêem mangá, um dos motivos principais de não terem vontade de ler as revistas é o fato de elas serem em HQ e isso denota “coisa para criança”. Tentei, diversas vezes em vão, argumentar, o embasamento histórico/emocional que envolve as histórias nos mangás, mas eles mantiveram sua posição sobre “coisa para criança”.

Fiquei um pouco desapontada a respeito disso. Afinal, sou uma defensora ferrenha do universo kawaii. Aprendi muito com todas as séries que li e/ou assisti. Cultura, palavras japonesas são o básico. Falo isso de boca cheia para todos aqueles que quiserem ouvir: os mangás abriram portas, na minha vida, para Goethe, Nietzsche, Kafka, Machado de Assis, Jane Austen, Marx, Nelson Rodrigues, Dante Alighieri, Shakespeare, John Donne, dentre outros autores renomados que sou fã. 

Sem querer ser esnobe, as pessoas as quais eu realizei minha pequena pesquisa, sequer sabem quem é Goethe e acham que Meyer é a essência da literatura dos séculos  (sem ofensas, por favor, respeito o gosto literário de todos, contudo temos que concordar que Goethe é bem mais profundo que Meyer).

Pensando em todas essas questões, percebi que a raiz de todo pré-conceito está no fato das histórias serem em forma HQ. Eis minha decisão: que tal transformá-los em prosa? Quem sabe assim, eu possa levar os mangás às pessoas que nunca pegariam em um?

Minha intenção é fazer com que os mangás sejam propagados e difundidos ainda mais. Não pretendo vender ou comercializar o que tentarei produzir. Nem posso, porque a história nem é minha! O que quero é por em prosa aquilo que nós otakus conhecemos muito bem.

Prometo que tentarei ser o mais fiel possível à história. Mas de imediato, peço desculpas a todos os otakus, pois tenho certeza que por mais que eu me esforce, jamais chegarei ao nível das obras originais. E para os “iniciantes” peço para que procurem a obra original. Assim, entenderão melhor o motivo de nossa paixão.

 

Yuna Oriki

2011

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